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Brasil tem 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo, revela Censo; homens são maioria

Brasil tem 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo, revela Censo; homens são maioria

Publicado em 23/05/2025 por lucas

O Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (23) pelo IBGE, apontou que 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população do país. Esta é a primeira vez que o censo inclui dados específicos sobre o autismo.

Os números consideram apenas as pessoas que relataram ter o diagnóstico confirmado por profissionais de saúde. Entre os diagnosticados, 1,4 milhão são homens e 1 milhão, mulheres, com predominância masculina em todas as faixas etárias até 44 anos.

Quanto à faixa etária, as maiores proporções de diagnósticos estão entre crianças de 5 a 9 anos (2,6%), seguidas pelas faixas de 0 a 4 anos (2,1%), 10 a 14 anos (1,9%) e 15 a 19 anos (1,3%). Segundo analistas do IBGE, isso pode refletir um diagnóstico mais precoce, resultado do maior acesso à informação entre familiares.

Sobre raça e cor, o levantamento indica que pessoas brancas representam 1,3% do total com TEA, seguidas por amarelos (1,2%), pretos e pardos (ambos 1,1%) e indígenas (0,9%).

Escolarização de pessoas com autismo

O estudo mostrou que a taxa de escolarização entre pessoas com TEA é de 36,9%, superior à média nacional, que é de 24,3%. Entre estudantes com 6 anos ou mais, 760,8 mil têm diagnóstico de autismo, o que representa 1,7% do total.

Perfil da população com deficiência no Brasil

Além do TEA, o Censo 2022 detalhou dados sobre deficiências em geral. Segundo o IBGE, 14,4 milhões de brasileiros com 2 anos ou mais têm algum tipo de deficiência, o que equivale a 7,3% da população nessa faixa etária. Entre eles, 8,3 milhões são mulheres (8,1%) e 6,1 milhões homens (6,4%).

O Nordeste concentra a maior proporção de pessoas com deficiência (8,6%), seguido pelas regiões Norte (7,1%), Sudeste (6,8%), Sul (6,6%) e Centro-Oeste (6,5%). Por cor e raça, 44,8% das pessoas com deficiência se autodeclaram pardas, 42,1% brancas, 12,2% pretas, 0,5% indígenas e 0,4% amarelas.

Deficiências mais comuns

O Censo identificou os principais tipos de deficiência:

  • Dificuldade permanente para enxergar: 4%
  • Dificuldade permanente para andar ou subir degraus: 2,6%
  • Dificuldade para pegar pequenos objetos: 1,4%
  • Limitação nas funções mentais que afetam fala, trabalho ou estudo: 1,4%
  • Dificuldade permanente para ouvir: 1,3%

Educação e inclusão

Entre pessoas com 15 anos ou mais com deficiência, 21,3% são analfabetas, taxa quatro vezes maior que a população sem deficiência (5,2%). Além disso, 63,1% não completaram o ensino fundamental, quase o dobro da proporção observada entre pessoas sem deficiência (32,3%).

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A legislação brasileira, como a Lei nº 7.853/1989 e a Lei Brasileira de Inclusão de 2015, garante o direito à educação pública e gratuita, com foco na inclusão plena, participação e aprendizagem contínua para pessoas com deficiência.


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