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Mais de 70% das unidades de saúde de Taubaté têm problemas de telefonia

Mais de 70% das unidades de saúde de Taubaté têm problemas de telefonia

Publicado em 20/05/2025 por lucas

Mais de 70% das unidades de saúde de Taubaté enfrentam problemas de telefonia. A situação, que já dura mais de uma década, também afeta outros setores da administração pública. A prefeitura reconheceu o problema e prevê que o serviço será restabelecido em até quatro meses.

Um levantamento recente apurou que, dos 86 números de telefone informados pela prefeitura, 38 não completaram chamadas – o que representa cerca de 73% das 52 unidades de saúde do município. Em alguns casos, o telefone sequer funciona; em outros, chama, mas não há atendimento.

Na unidade de saúde do bairro Baronesa, um morador relatou que precisa se deslocar até o local apenas para esclarecer dúvidas simples, já que o telefone não atende. A reportagem constatou que o aparelho da recepção sequer tocava.

“Se você quer confirmar uma consulta ou saber se estão aplicando vacinas, só indo até lá. Eu moro perto, mas e quem mora longe ou tem dificuldade de locomoção?”, questiona o microempresário Alan Edgar.

Funcionárias de diferentes unidades confirmaram os problemas, mesmo sem saber que estavam sendo gravadas. Em um dos casos, uma atendente afirmou que utiliza o celular pessoal para se comunicar com outros setores. “Às vezes você tenta o telefone da unidade e não consegue. Então, tem que usar o seu particular”, relatou.

Até mesmo os telefones listados da Secretaria de Saúde enfrentam falhas. O único número disponível é da ouvidoria, e não há formas práticas de contato com o setor administrativo. “Os telefones não estão funcionando. Está difícil”, disse uma atendente.

No Centro Municipal de Medicamentos (Cemume), não há números registrados oficialmente. Mesmo após consulta à ouvidoria, os telefones fornecidos não completaram chamadas.

O problema não se limita à área da saúde. O número fixo da sede da prefeitura, que aparece como principal contato no site oficial, também não funciona. “Está com problema, ainda vai arrumar”, disse uma atendente, que forneceu outro número não divulgado no site.

A investigação também abrangeu as 18 secretarias municipais. Em sete delas, não houve resposta. Em duas – Administração e Gabinete – nem sequer há números informados publicamente.

Prefeitura admite falhas e anuncia licitação

O secretário de Desenvolvimento e Inovação de Taubaté, Danilo Velloso, explicou que o último contrato de telefonia venceu em 2013. Atualmente, o município gasta cerca de R$ 90 mil por mês com o serviço, mesmo sem um contrato formal.

“Não funciona a contento e precisamos encontrar uma forma de manter o serviço até que a solução definitiva aconteça. A correção virá com um novo contrato. Estamos fazendo todos os esforços possíveis para manter a telefonia operando”, disse o secretário.

Ele informou que uma nova licitação está em elaboração. O processo deve levar cerca de quatro meses: dois para a licitação e mais dois para a implantação do novo serviço.

Ex-prefeitos comentam situação

A atual administração justificou a ausência de contrato desde 2013. A reportagem procurou os ex-prefeitos José Saud e Ortiz Júnior.

José Saud não se manifestou.

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Ortiz Júnior afirmou, por meio de sua assessoria, que durante sua gestão o sistema telefônico funcionava normalmente, utilizando a estrutura da operadora de telefonia fixa existente, sem licitação formal. Segundo ele, os pagamentos eram feitos regularmente e uma equipe realizava manutenção técnica sempre que necessário. Ele também informou que, nas gestões anteriores à sua, também não havia contrato licitatório específico para telefonia.


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