Tentativa de feminicídio em Blumenau: fósforos falham e vítima sobrevive

Um homem de 39 anos foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio e cárcere privado após invadir o local de trabalho da ex-companheira e tentar atear fogo nela com gasolina. O caso ocorreu no domingo (11), em Blumenau, Santa Catarina.

Segundo a Polícia Civil, o agressor arremessou um balde de gasolina sobre a mulher, mas falhou ao tentar acender o fogo, já que tanto os fósforos quanto um isqueiro não funcionaram. O delegado Fernando Padilha classificou a sobrevivência da vítima como “um milagre”.

Vítima foi mantida refém após tentativa frustrada

Após a tentativa de atear fogo, o suspeito manteve a vítima refém dentro da cozinha da loja de conveniência onde ela trabalha, em um posto de combustíveis no bairro Itoupava Norte. A Polícia Militar foi acionada e conseguiu conter o homem ainda no local.

Os agentes relataram que a vítima estava coberta de gasolina e apresentava dificuldades respiratórias e ardência na pele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para prestar socorro. Apesar do susto, a mulher não sofreu ferimentos graves e está em bom estado de saúde.

Aplicativo da PM ajudou na resposta rápida

O atendimento foi agilizado graças ao acionamento do “botão do pânico”, uma ferramenta presente no aplicativo da Polícia Militar voltado à proteção de mulheres em situação de risco. Quando os policiais chegaram, a vítima ainda era mantida refém, mas conseguiu fugir ao aproveitar um momento de distração do agressor.

O homem foi preso em flagrante. Durante a abordagem, os policiais encontraram também uma faca na cintura dele. A motivação, de acordo com a investigação, seria o inconformismo com o término do relacionamento.

Identidade preservada e investigação em andamento

A identidade do agressor não foi divulgada pelas autoridades até o momento. A defesa não foi localizada para comentar o caso. A Polícia Civil segue com as investigações, que confirmam a premeditação da tentativa de feminicídio.

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Casos como esse reacendem o alerta sobre a violência contra a mulher no Brasil e reforçam a importância de mecanismos de proteção, como o botão do pânico, além de políticas públicas de prevenção e atendimento humanizado às vítimas.