Trump repete confrontos inesperados com líderes mundiais e transforma encontros diplomáticos em situações constrangedoras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar desconforto em um encontro oficial ao questionar diretamente o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, sobre alegações não comprovadas de “genocídio branco” no país africano. A reunião, realizada nesta quarta-feira (21), se soma a outros episódios recentes em que Trump surpreendeu chefes de Estado com acusações e provocações diante das câmeras.

Segundo analistas políticos, o presidente americano tem adotado um padrão de comportamento que transforma reuniões diplomáticas formais em emboscadas públicas. A estratégia consiste em convidar líderes estrangeiros à Casa Branca e, durante coletivas ou encontros transmitidos ao vivo, expor críticas ou levantar temas sensíveis, muitas vezes sem prévio aviso.

“A Casa Branca virou ambiente de emboscada”, disse a comentarista Flávia Oliveira.
Marcelo Lins complementou: “É assustador ver encontros diplomáticos virarem armadilhas constrangedoras.”

Outros casos recentes

Cyril Ramaphosa – África do Sul

Durante o encontro, Trump mandou exibir vídeos que supostamente mostrariam crimes contra fazendeiros brancos, em uma tentativa de sustentar a tese de genocídio — uma narrativa já desmentida por autoridades sul-africanas. Ramaphosa, visivelmente desconfortável, limitou-se a dizer: “Gostaria de saber onde fica isso, porque nunca vi esses vídeos.”

As autoridades da África do Sul negam qualquer campanha sistemática contra brancos. Embora o país tenha altos índices de violência, a maioria das vítimas de crimes é negra.

Volodymyr Zelensky – Ucrânia

Em fevereiro de 2025, Zelensky foi criticado por Trump durante uma visita oficial, acusado de “brincar com a Terceira Guerra Mundial”. A situação piorou quando o vice-presidente dos EUA, JD Vance, interveio e acusou Zelensky de ser desrespeitoso. O encontro terminou de forma abrupta, com a delegação ucraniana sendo convidada a se retirar.

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Mark Carney – Canadá

Na primeira visita oficial a Washington como primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney foi surpreendido por uma declaração provocativa de Trump, que sugeriu a possibilidade de anexação do Canadá aos EUA. Carney respondeu prontamente: “Não está à venda, não estará à venda — nunca.”